Desafio | Passa-Palavra #Cartas
Imagem retirada daqui
Esta palavrinha tão simples tem muito que se lhe diga.
Podia contar-vos as inúmeras cartas que troquei com a minha prima, quando eu vim para Portugal, onde escrevíamos as saudades que tínhamos uma da outra; ou sobre os postais que eu escrevo em épocas especiais a pessoas especiais.
Acho que sou uma pessoa da velha guarda. Acho não, tenho completamente certeza disso.
Sabem aquela sensação de escrever uma carta e eternizar essas palavras? Eu sinto isso em cada carta que escrevo. Por vezes, explico melhor os meus sentimentos dessa forma.
Ou sobre as cartas de amor que recebi em criança. Ainda hoje tenho algumas guardadas. Sim, sou dessas pessoas que guardas folhas e folharecos antigos.
E as cartas de jogar? Bem, essas então adoro. Desde novinha que aprendi a jogar às cartas com o meu avô João. Aquele avô do qual eu já vos falei neste cantinho.
Sempre que chegava a casa dos meus avós, era o tempo de dar beijinhos à avó e ao avô e ouvia isto:
- Irenica pequena, vamos jogar uma bisca?
E lá ia eu toda contente jogar.
É inevitável, sempre que jogo cartas, lá está o meu avô no meu pensamento.
Agora que penso nisto, cada vez mais porque ele já não está aqui, percebo a importância destes pequenos momentos e como me moldaram enquanto pessoa.
Cartas, sejam elas de que feitio, a vossa Mel adora!